Olá pessoal!

Hoje vamos falar sobre um assunto bem interessante e curioso na área de TI: Engenharia Reversa!

Mas afinal, o que é engenharia reversa? Basicamente, é o processo de desmontar um objeto ou sistema complexo para entender como ele funciona internamente. Na área de TI, engenharia reversa é a técnica usada para entender o funcionamento de um software, hardware ou sistema, analisando seu código fonte, estrutura e comportamento.

E qual é o melhor modo de fazer engenharia reversa? Bem, isso depende muito do objetivo que você tem em mente. Existem várias técnicas e ferramentas para fazer engenharia reversa em diferentes tipos de sistemas. Alguns dos métodos mais comuns são:

  • Decompilação: é o processo de transformar o código de um programa compilado em uma linguagem de programação de alto nível. Isso permite que você analise e entenda melhor como o programa funciona.
  • Análise de malware: é a técnica usada para entender como um malware funciona. Isso envolve a análise do código malicioso para identificar suas funcionalidades, comportamento e métodos de propagação.
  • Análise de firmware: firmware é o software embutido em um dispositivo eletrônico. A análise de firmware envolve a desmontagem do firmware para entender como ele interage com o hardware e como pode ser modificado.

E agora, um exemplo prático! Vamos supor que você precisa analisar um software antigo e não tem mais acesso ao seu código fonte. Você pode usar uma ferramenta de decompilação para gerar o código fonte a partir do arquivo executável do software. Em seguida, você pode analisar o código para entender como o programa funciona e, se necessário, fazer modificações no código.

Outra situação em que a engenharia reversa pode ser útil é na análise de um malware que está infectando seu sistema. Ao fazer a análise do malware, você pode identificar sua origem e métodos de propagação, bem como desenvolver uma solução para remover o malware do sistema.

Uma das ferramentas disponíveis no Kali Linux é o NASM, um assembler para arquitetura x86. O NASM é amplamente utilizado na engenharia reversa, pois permite que você escreva seu próprio código assembly e compilar para executar em sistemas x86.

Para este exemplo, vamos supor que você precisa analisar um software antigo escrito em linguagem assembly. O código assembly é difícil de ler e entender, então você precisa traduzi-lo para uma linguagem de programação de alto nível.

Para isso, você pode usar o NASM para compilar o código assembly em um arquivo objeto. Em seguida, você pode usar o Clang, um compilador C/C++, para compilar o arquivo objeto em um arquivo executável.

Digamos que o arquivo assembly seja o seguinte:

Este código assembly simplesmente adiciona 1 e 2 e imprime o resultado na tela. Para compilar este código assembly usando o NASM, você pode executar o seguinte comando no terminal do Kali:

Este comando irá gerar um arquivo objeto chamado hello.o a partir do código assembly.

Agora, para compilar o arquivo objeto usando o Clang, você pode executar o seguinte comando no terminal:

Este comando irá gerar um arquivo executável chamado hello a partir do arquivo objeto.

Agora você pode executar o arquivo executável digitando o seguinte comando no terminal:

O resultado será a impressão do valor 3 na tela. Com isso, você pode ver como o NASM e o Clang podem ser úteis na engenharia reversa para traduzir código assembly em uma linguagem de programação de alto nível.

É importante lembrar que a engenharia reversa é uma técnica poderosa, mas deve ser usada com responsabilidade e ética. Sempre verifique as leis e regulamentações locais antes de usar a engenharia reversa em qualquer aplicativo ou sistema.

A engenharia reversa é uma técnica poderosa e importante na área de TI. Se você precisa entender o funcionamento interno de um software, hardware ou sistema, ou precisa analisar e combater ameaças cibernéticas, a engenharia reversa pode ser uma excelente ferramenta para ajudá-lo.

Até a próxima !

Luiz Fernando Abreu